Hoje é um dia muito especial. Estou casada há 11 anos com um homem singular. Quieto, mas de atitudes firmes. Prático, mas bondoso. Gosto de vê-lo lidando com as crianças, como se porta com elas (exceto pelas lutinhas... que enlouquecem qualquer mãe!). Gosto de lhe pedir conselhos. Gosto da maneira serena como segura as pontas quando eu estou subindo pelas paredes, como nesse fim de ano, quando enfrentamos reviravoltas que me deixaram fora do eixo. Gosto da forma como diz: - Tudo bem, amor, estamos sem carro. Mas não teríamos momentos tão gostosos caminhando com as crianças se estivéssemos sobre rodas agora.
Às vezes, fico até com raiva. Raiva porque tuas atitudes desmascaram meu egoísmo. Geralmente vais além do que eu espero, em paciência, em doação, em lealdade. E quando te vejo andando a segunda milha comigo, tenho brasas vivas sobre a cabeça.
Esses 11 anos foram uma escola, e aprender contigo tem sido um privilégio. Te amo e admiro muito, muito mais do que quando te disse sim pela primeira vez.
Cada minuto contigo prova que amor não são flores, nem jantares românticos, nem conversinhas risonhas ao pé do ouvido. Tudo isso é maravilhoso, e é bom quando acontece. Mas teu amor tem-se traduzido em ações, que se derramam sobre mim como pétalas jogadas de um helicóptero, como cartazes espalhados pela rua, como anéis em cada um dos meus dedos. Tua atitude comigo me coroa como uma mulher amada, cuidada, regada.
Eu te amo... te admiro... te respeito...
Obrigada, amor, por esses 11 anos ao teu lado...
Se voltasse atrás mil vezes, em todas elas casaria contigo de novo.